Somos graduando em Letras pela UNIP- Universidade Paulista Campinas

Pensando nos desafios do ensino de Língua Portuguesa nas instituições publicas e privadas, é que criamos esse espaço, aqui postaremos algumas sugestões de aula e materiais sobre MORFOSSINTAXE, para se trabalhar em sala de aula. "Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão." Paulo Freire

terça-feira, 30 de outubro de 2012

VERBOS




Para iniciar o trabalho escreveremos sobre os verbos de ligação que também são chamados de CÓPULA, ou seja, não indica ação e tem o significado de permanência e faz a conexão entre dois termos na língua portuguesa, o sujeito e o predicativo do sujeito. 

Alguns exemplos desses verbos: 
Ser/ achar/ encontrar/fazer/parecer/estar/continuar/permanecer/ ficar/ andar/tornar...

Ex: Adriano é lindo- O verbo ser não indica uma ação. mas está ligando o sujeito Adriano ao predicativo lindo. 
Lembrando que predicativo é o termo que modifica  o sujeito e nos informa alguma coisa a respeito do mesmo. Lindo é uma qualidade, característica de Adriano, assim é chamado predicativo do sujeito. 

                                                        VERBOS PRONOMINAIS 

                                          Verbos pronominais extraídos do site Brasil Escola 

                                      Verbos acidentais extraídos do site Brasil Escola 

Verbo pronominal é aquele que se conjuga com pronomes oblíquos  átonos (me/nos; te/ vos; se) esses verbos podem ser acidentais e essenciais, quando existir a possibilidade de substitui-los são considerados acidentais, quando essa possibilidade não existir são chamados essenciais. 

Exemplos de verbos acidentais: pensou-se, falou-se, faz-me...
Exemplos de verbos essenciais: apaixonou-se, ajoelhou-se, apoderar-se. Vale lembrar que o "se" e o "me" podem vir antes ou depois do verbo. 

Exemplos: Me falou/ falou-me.   /Se ajoelhou-se, apodera-se. 

Quando o verbo é acidental o "se" ou o "me" entra como SN- pronome
Quando é essencial entra apenas no verbo. 

APLICANDO 


      Em primeiro momento é interessante mostrar ao aluno que ele é capaz de redescobrir e que aprender verbos não é uma missão impossível e que ele consegue. Antes de explicar aos alunos do que se trata o assunto passe na lousa ou em uma folha a lista de todos os verbos aqui estudados, peça para que eles encontrem essas palavras em lugares que faz parte do dia a dia deles como sites, livros, revistas etc. Depois de feito isso peça para que eles produzam frases com essas palavras, peça ainda que os mesmos simulem situações que seriam necessários usar todos os verbos aqui aprendidos e por fim explique o motivo pelo qual eles fizeram as atividades e o que são essas palavras, tendo um contato anterior ficará mais fácil e prazeroso aprender. 

                                                                                                                                         Bom trabalho! 

Nosso próximo assunto é SINTAGMA PREPOSICIONADOS! 

SN- SINTAGMA NOMINAL

                                         O QUE É SINTAGMA NOMINAL? 

        O SN é formado por um nome (núcleo) e seus determinantes que podem ser adjuntos adnominais ou orações adjetivas. Na oração pode assumir a função de sujeito ou de complemento verbal, que por sua vez, é formado pelo verbo (núcleo do sintagma) seguido ou não do sintagma preposicional (objeto indireto), do sintagma nominal (objeto direto), do sintagma adverbial ou do sintagma adjetivo. 
        O SN e o SV são básicos presentes em uma frase, mas encontramos também os seguintes sintagmas:  sintagmas adjetival que tem como núcleo um adjetivo e pode assumir a função de adjunto adnominal, predicativo ou complemento nominal. 
Sintagma adverbial tem como núcleo um adverbio e pode assumir a função de adjunto adverbial. Sintagma Preposicional tem como núcleo uma preposição, pode assumir ainda as funções de complemento nominal ou de objeto indireto.  
Não podemos nos esquecer das hierarquias dos determinantes: 
1º Lugar: Artigos o/a/as/os 
2º Lugar: Pronomes Demonstrativos: aquele/ aquela/ isso/ aquilo etc.
3º Lugar: Numeral  um, dois, três, etc. 

Veja a estrutura do SN 





Ainda falaremos dos modificadores que  pode aparecer tanto no SN como no SV, eles estabelecem relação de modificação dentro de um sintagma, mas devemos nos esquecer de diferenciar modificadores de determinantes. 

Ex: 1- As baratas são rápidas 
      2- As baratas andam rapidamente 

Em (1) os determinantes "as" e "rápidas" estão determinando o nome baratas, não se trata de qualquer barata, são baratas rápidas e não lerdas. 
Em (2) o modificador "rapidamente" não especifica a ação de andar, mas a muda, não se trata de só andar e sim andar rápido. 
Para simplificar extraímos os exemplos do site INTER-AULA 
                                                                         
                            ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

      O SA indica  modificador adjetival e adverbial e é preciso identificar qual que indica adjetivo ou adverbio. 
         Intensificador muito, quando pode ser substituído por alguns, vários e etc. É um SN e entra como determinante, no entanto quando o mesmo intensifica o o adjetivo ele é um SV. 

     Sobre o MORFEMA ZERO, toda oração tem um SN, SV e tem um sujeito, quando o sujeito não está marcado morfologicamente ele será marcado como morfema zero que trata da palavra que não possui uma letra para indicar a flexão, que é representada por outros recursos. Um exemplo típico encontrado nos livros didáticos e gramáticas quando estudado esse assunto é a palavra "MAR", nessa palavra há morfema zero, ou seja, não tem desinência que indique o singular. É singular porque, em português, o morfema que indica plural é -s. A ausência dele temos morfema zero, indica o singular. 
                     
                                  COMO APLICAR TUDO ISSO EM SALA DE AULA? 



           Não existe uma formula mágica que faça com que o aluno aprenda gramática de forma rápida e muita divertida, mas é possível fazer com que os mesmos se interessem por ela, para isso vamos contextualizar, basta coletar na sala informações sobre leituras que eles gostam de fazer e músicas que eles gostam de ouvir. Ao fazer essa seleção buscaremos recursos como livros ou trechos dos livros e as músicas sugeridas e explicaremos os conceitos e pediremos para que os alunos em seus textos e músicas busquem exemplos do que lhe foi ensinado. Sendo assim a leitura não ficará chata e o aluno não trabalhará com exemplos isolados. 
          Essa é uma das maneiras, outra forma legal de ensinar algo nesse teor é levá-los a um ambiente que eles gostam, sala de informática, ar livre, biblioteca entre outros. 



                                                                                                                                 
Nosso próximo assunto é sobre VERBOS. 


                                                                                                                               Bom trabalho!